Governança Corporativa e Beta de Empresas Listadas na BM&FBOVESPA
DOI:
https://doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v14n43p51-62Palavras-chave:
Governança Corporativa, CAPM, Beta.Resumo
Este artigo busca estudar a relação entre o nível de governança corporativa e os betas das empresas. Se todos os investidores forem racionais, tal como prevê as premissas do modelo de precificação de ativos - CAPM, esses já estão trabalhando com carteiras de mínima variância, conforme demonstrou Markowitz (1952). Logo, o único risco a que todos estariam submetidos seria o sistêmico. Nessa visão, um risco idiossincrático, como o risco de má governança, já deveria ter sido diversificado na etapa anterior e não deveria estar diretamente relacionado ao beta de uma dada empresa, que inclui o risco da empresa ligado a aspectos sistêmicos. Porém Parigi, Pelizzon e von Thadden (2013) propuseram um modelo que incorporasse a governança corporativa ao CAPM. Diferentemente do visto pela clássica teoria do CAPM, referidos autores desenvolveram um modelo que prediz que a qualidade da governança das empresas se correlaciona positivamente com o beta e a volatilidade idiossincrática, porém negativamente com o retorno nos ativos. Para testar qual teoria possui melhor poder explicativo para o cenário brasileiro, testou-se a hipótese de independência entre o beta e a qualidade da governança corporativa de empresas listadas na BM&FBOVESPA. Os achados não mostraram que a qualidade da governança das empresas se relaciona positivamente com o beta, mas que são independentes. Isso parece ser um forte indício de que o beta, em cenário brasileiro, não reflete um risco idiossincrático como o risco de má governança, mas o risco sistêmico, o que o relaciona melhor à clássica teoria do CAPM.
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