Efeito da governança do país no desempenho da firma

o papel moderador da cultura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.16930/2237-766220233362

Palavras-chave:

Governança, Nível nacional, Desempenho das firmas

Resumo

O presente estudo objetiva examinar o efeito da qualidade da governança em âmbito nacional, moderada pela cultura, no desempenho das firmas. A amostra contou com dados de 2.511 empresas com ações negociadas em bolsas de valores, provenientes de nove países distintos no período de 2009 a 2018, os quais totalizaram 15.981 observações empresa-ano. Os dados para estimar o desempenho das firmas foram coletados da base Refinitiv, enquanto as métricas para a governança dos países e dimensões culturais foram obtidas do Banco Mundial e Hofstede Insights, respectivamente. Foram utilizados modelos de regressão linear múltipla para analisar a relação entre os indicadores de governança em nível nacional e o desempenho da firma, incluindo o efeito moderador da cultura. Os principais resultados mostraram que os indicadores de governança mantêm relação positiva e estatisticamente significativa com a performance das firmas analisadas. Em grande parte dos modelos estimados, a cultura demonstrou exercer efeito moderador positivo na relação governança dos países e desempenho. Esta pesquisa fornece evidências de que o ambiente de governança no qual as firmas estão inseridas influencia o seu desempenho, sugerindo que o conhecimento por parte dos gestores a respeito do ambiente organizacional específico de regiões ou países é importante no processo de decisões corporativas.

Referências

Acemoglu, D. (2003). Root causes. Finance & Development, 40(2), 27-43. DOI: https://doi.org/10.5089/9781451952926.022

Aggarwal, D., & Padhan, P. C. (2017). Impact of capital structure on firm value: Evidence from Indian hospitality industry. Theoretical Economics Letters, 7(4), 982-1000. DOI: https://doi.org/10.4236/tel.2017.74067

Aldrich, H. E., & Pfeffer, J. (1976). Environments of organizations. Annual Review of Sociology, 2(1), 79-105. DOI: https://doi.org/10.1146/annurev.so.02.080176.000455

Amin, A., Ali, R., Rehman, R. U., Naseem, M. A., & Ahmad, M. I. (2022). Female presence in corporate governance, firm performance, and the moderating role of family ownership. Economic Research, 35(1), 929-948. DOI: https://doi.org/10.1080/1331677X.2021.1952086

Anastasiou, D., Bragoudakis, Z., & Malandrakis, I. (2019). Non-performing loans, governance indicators and systemic liquidity risk: evidence from Greece. SSRN Working Paper. DOI: https://doi.org/10.2139/ssrn.4197729

Araújo, R. A., & Leite Filho, P. A. M. (2018). Reflexo do nível de agressividade fiscal sobre a rentabilidade de empresas listadas na B3 e NYSE. Revista Universo Contábil, 14(4), 115-136. DOI: https://doi.org/10.4270/ruc.2018430

Arora, A., & Sharma, C. (2016). Corporate governance and firm performance in developing countries: evidence from India. Corporate Governance, 16(2), 420-436. DOI: https://doi.org/10.1108/CG-01-2016-0018

Baldoino, E., & Borba, J. A. (2015). Passivos contingentes na bolsa de valores de Nova York: uma análise comparativa entre as empresas estrangeiras. Revista de Contabilidade e Organizações, 9(23), 58-81. DOI: https://doi.org/10.11606/rco.v9i23.68395

Banco Mundial. (2021). Worldwide Governance Indicators. https://databank.worldbank.org/reports.aspx?Report_Name=WGI-Table&Id=ceea4d8b#

Bhagat, S., & Bolton, B. (2019). Corporate governance and firm performance: The sequel. Journal of Corporate Finance, 58(1), 142-168. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jcorpfin.2019.04.006

Bertalanffy, L. (1972). The history and status of general systems theory. Academy of Management Journal, 15(4), 407-426. DOI: https://doi.org/10.2307/255139

Borges Júnior, D. M. (2019). Relatório de sustentabilidade e desempenho das firmas brasileiras de capital aberto. Revista Catarinense da Ciência Contábil, 18(1), 1-13. DOI: https://doi.org/10.16930/2237-766220192779

Che, X., Liebenberg, A. P., Liebenberg, I. A., & Morris, B. C. (2018). The effect of growth opportunities on the market reaction to dividend cuts: evidence from the 2008 financial crisis. Review of Quantitative Finance and Accounting, 51(1), 1-17. DOI: https://doi.org/10.1007/s11156-017-0663-8

Commander, S., & Svejnar, J. (2011). Business environment, exports, ownership, and firm performance. The Review of Economics and Statistics, 93(1), 309-337. DOI: https://doi.org/10.1162/REST_a_00135

Corvino, A., Caputo, F., Pironti, M., Doni, F., & Martini, S. B. (2019). The moderating effect of firm size on relational capital and firm performance: evidence from Europe. Journal of Intellectual Capital, 20(4), 510-532. DOI: https://doi.org/10.1108/JIC-03-2019-0044

Demirgüç-Kunt, A., & Maksimovic, V. (1998). Law, finance, and firm growth. The Journal of Finance, 53(6), 2107-2137. DOI: https://doi.org/10.1111/0022-1082.00084

Dess, G. G., & Beard, D. W. (1984). Dimensions of organizational task environments. Administrative Science Quarterly, 52-73. DOI: https://doi.org/10.2307/2393080

Ghofar, A., & Islam, S. (2015). Corporate governance and contingency theory. Springer. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-319-10996-1

Gil, A. C., Camargo Oliva, E., Novaes, M. B. C., & Silva, E. C. (2013). Fundamentos científicos da gestão para o desenvolvimento da regionalidade. Revista de Ciências da Administração, 15(35), 68-81. DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8077.2013v15n35p68

Gordon, E. A., Greiner, A., Kohlbeck, M. J., Lin, S., & Skaife, H. (2013). Challenges and opportunities in cross-country accounting research. Accounting Horizons, 27(1), 141-154. DOI: https://doi.org/10.2308/acch-50301

Gray, S. J. (1988). Towards a theory of cultural influence on the development of accounting systems internationally. Abacus, 24(1), 1-15. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1467-6281.1988.tb00200.x

Gugler, K., Mueller, D. C., Peev, E., & Segalla, E. (2013). Institutional determinants of domestic and foreign subsidiaries’ performance. International Review of Law and Economics, 34(1), 88-96. DOI: https://doi.org/10.1016/j.irle.2013.01.003

Gunarathne, N., & Lee, K. H. (2021). Corporate cleaner production strategy development and environmental management accounting: A contingency theory perspective. Journal of Cleaner Production, 308, 127402. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jclepro.2021.127402

Hofstede, G. (1980). Culture’s consequences: International differences in work-related values. Sage.

Hofstede Insights. (2023). Country Comparison Tool. https://www.hofstede-insights.com/

Ibhagui, O. W., & Olokoyo, F. O. (2018). Leverage and firm performance: New evidence on the role of firm size. The North American Journal of Economics and Finance, 45(1), 57-82. DOI: https://doi.org/10.1016/j.najef.2018.02.002

Kalil, J. P. A., & Benedicto, G. C. (2018). Impactos da oferta pública inicial de ações no desempenho econômico-financeiro de empresas brasileiras na B3. RACE: Revista de Administração, Contabilidade e Economia, 17(1), 197-224. DOI: https://doi.org/10.18593/race.v17i1.16314

Kaufmann, D., Kraay, A., & Mastruzzi, M. (2008). Governance matters VII: aggregate and individual governance indicators, 1996-2008. World Bank Policy Research. Working Paper. DOI: https://doi.org/10.1596/1813-9450-4978

Kaufmann, D., Kraay, A., & Zoido, P. (1999). Governance matters. World Bank Policy Research. Working Paper.

Konchitchki, Y., Luo, Y., Ma, M. L., & Wu, F. (2016). Accounting-based downside risk, cost of capital, and the macroeconomy. Review of Accounting Studies, 21(1), 1-36. DOI: https://doi.org/10.1007/s11142-015-9338-7

La Porta, R., Lopez-de-Silanes, F., Shleifer, A., & Vishny, R. W. (1998). Law and finance. Journal of Political Economy, 106(6), 1113-1155. DOI: https://doi.org/10.1086/250042

Oliveira, A. S., Souza Arruda, L., Callado, A. A. C., & Callado, A. L. C. (2020). Relations between the use of activity based costing system and contingency factors: evidence from Brazilian NGOS. Advances in Scientific and Applied Accounting, 13(1), 85-102. DOI: https://doi.org/10.14392/ASAA.2020130105

Mardnly, Z., Mouselli, S., & Abdulraouf, R. (2018). Corporate governance and firm performance: an empirical evidence from Syria. International Journal of Islamic and Middle Eastern Finance and Management, 11(4), 591-607. DOI: https://doi.org/10.1108/IMEFM-05-2017-0107

Meinhardt, R., Junge, S., & Weiss, M. (2018). The organizational environment with its measures, antecedents, and consequences: a review and research agenda. Management Review Quarterly, 68(2), 195-235. DOI: https://doi.org/10.1007/s11301-018-0137-7

Mueller, D. C., & Yurtoglu, B. B. (2000). Country legal environments and corporate investment performance. German Economic Review, 1(2), 187-220. DOI: https://doi.org/10.1111/1468-0475.00011

Na, K., & Kang, Y. H. (2019). Relations between innovation and firm performance of manufacturing firms in Southeast Asian emerging markets: Empirical evidence from Indonesia, Malaysia, and Vietnam. Journal of Open Innovation: Technology, Market, and Complexity, 5(4), 98. DOI: https://doi.org/10.3390/joitmc5040098

Ousama, A. A., Al-Mutairi, M. T., & Fatima, A. H. (2020). The relationship between intellectual capital information and firms’ market value: a study from an emerging economy. Measuring Business Excellence, 24(1), 39-51. DOI: https://doi.org/10.1108/MBE-01-2019-0002

Parente, P. H. N., Luca, M. M. M., Lima, G. A. S. F., & Vasconcelos, A. C. (2018). Cultura organizacional e desempenho nas empresas estrangeiras listadas na NYSE. Revista de Contabilidade e Organizações, 12(1), 1-21. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1982-6486.rco.2018.139161

Pereira, A., Pereira, V. S., & Penedo, A. (2021). O efeito da retenção de caixa e investimento na performance de companhias brasileiras exportadoras e domésticas em períodos de crescimento econômico e crise. Revista Contemporânea de Contabilidade, 18(46). DOI: https://doi.org/10.5007/2175-8069.2021.e73580

Pham, H. S. T., & Nguyen, D. T. (2020). Debt financing and firm performance: The moderating role of board independence. Journal of General Management, 45(3), 141-151. DOI: https://doi.org/10.1177/0306307019886829

Piekkari, R., Nell, P. C., & Ghauri, P. N. (2010). Regional management as a system. Management International Review, 50(4), 513-532. DOI: https://doi.org/10.1007/s11575-010-0044-1

Sayilir, Ö., Doğan, M., & Soud, N. S. (2018). Financial development and governance relationships. Applied Economics Letters, 25(20), 1466-1470. DOI: https://doi.org/10.1080/13504851.2018.1430311

Sims, R. L., Gong, B., & Ruppel, C. P. (2012). A contingency theory of corruption: The effect of human development and national culture. The Social Science Journal, 49(1), 90-97. DOI: https://doi.org/10.1016/j.soscij.2011.07.005

Terry, P. T., & Cherns, A. B. (1973). The contingency theory of organisation: its development and applications. [Unveröffentlichte Magister-Thesis, Loughborough University of Technology].

Thomas, M. A. (2010). What do the worldwide governance indicators measure?. The European Journal of Development Research, 22(1), 31-54. DOI: https://doi.org/10.1057/ejdr.2009.32

Yan, B., Zhang, X., Wu, L., Zhu, H., & Chen, B. (2020). Why do countries respond differently to COVID-19? A comparative study of Sweden, China, France, and Japan. The American Review of Public Administration, 50(6-7), 762-769. DOI: https://doi.org/10.1177/0275074020942445

Publicado

2023-06-02

Como Citar

Borges Junior, D. M., Pereira Junior, A., & Carvalho, L. (2023). Efeito da governança do país no desempenho da firma: o papel moderador da cultura. Revista Catarinense Da Ciência Contábil, 22, e3362. https://doi.org/10.16930/2237-766220233362

Edição

Seção

Artigos