ENTRE A PRÁXIS E A TEORIA: OS EQUÍVOCOS DA PESQUISA CONTABIL EMPIRICA NOS EUA
DOI:
https://doi.org/10.16930/2237-7662/rccc.v1n3p60-79Resumo
Os fatos recentes parecem oferecer alguma convicção no sentido da afirmação de que o modelo dos princípios contábeis norte-americanos (USGAAP) segue uma trajetória pouco recomendável a qualquer país, pelo menos, àqueles que se baseiam no mercado de ações como principal fonte de financiamento de capital para suas empresas. A tônica das megacorporações de persuadir os investidores com "fala mansa", se aproveitando de normas contábeis "dóceis", dá sinais de erosão, além de provocar um terremoto no mercado de capitais do mundo todo. Bolsas de Valores, que dependem de capitais externos, como a brasileira, se vêem numa situação delicada porque os investimentos evaporaram. Cabe-nos, nesse momento, analisar o que tem conduzido a contabilidade estadunidense a essa situação pouco ortodoxa, porém previsível, visto que somos afetados diretamente por ela. Que lições nós podemos extrair de tudo isso? Uma reflexão fundamental deve ser considerada, a priori: as pesquisas empíricas, destituídas de uma teoria científica sólida, conduzem a equívocos irreparáveis. E quem suporta as conseqüências de nefastas atitudes experimentalistas é a sociedade. Neste estudo, apresentaremos uma dessas pesquisas empíricas e porque ela é inconsistente e universalmente inaplicável. Só conseguiremos compreender a lógica aplicada às pesquisas empíricas estadunidenses se visualizarmos, de forma crítica, alguns fatos relevantes ocorridos nas duas últimas décadas. Transformações muito importantes estão em ebulição no cenário contábil dos EUA. E compreendê-las, criticamente, pressupõe a percepção a priori do que seja manutenção fisica ou financeira do capital (tema ainda inédito no Brasil). Neste trabalho, vamos nos ater, essencialmente, na análise das idéias em tomo da manutenção fisica do capital, propostas pelos norteamericanos na década de 80, no seio de uma Estrutura Conceitual (David Solomons, 1982 e outros). Após uma breve contextualização histórica, discutiremos as posições empíricas de Robert Sterling (1982), de Carsberg (1982), de Revsine (1982), de Butterworth (1982), contrapostas àquelas teorizadas pelo brasileiro A. Lopes de Sá (1992).Downloads
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