Sticky Costs e Anti-Sticky Costs

uma análise pela perspectiva macro accounting de ciclos econômicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.16930/2237-766220253607

Palavras-chave:

Comportamento assimétrico dos custos, Sticky costs, Anti-sticky costs, Ciclos econômicos

Resumo

Este estudo analisou o comportamento assimétrico dos custos de companhias abertas brasileiras durante fases do ciclo econômico. A metodologia refere-se à pesquisa descritiva, documental e quantitativa. A amostra compreendeu 184 empresas, no período de 2010-2023. Para a análise do comportamento assimétrico dos custos, utilizou-se a equação de Anderson et al. (2003) e para medição das fases do ciclo econômico (contração, recuperação, recessão e expansão), foi utilizada a metodologia de Schumpeter (1939). Para a distinção das fases do ciclo econômico fez-se uso da taxa de crescimento do PIB Real. Em cada fase do ciclo econômico, a assimetria foi analisada separadamente para o Custo dos Produtos Vendidos (CPV), Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas (DVGA) e Custo Total (CT). Na fase de contração foi constatada assimetria na direção sticky para o CT. A fase de recuperação apresentou significância para o comportamento assimétrico anti-sticky do CPV e do CT. Na fase de recessão, evidenciou-se o comportamento assimétrico sticky para a DVGA e o CT. Por fim, na fase de expansão, constatou-se o comportamento assimétrico sticky para o CT. Desse modo, os resultados revelam que o comportamento dos custos varia conforme a fase do ciclo econômico, sendo possível identificar padrões sticky e anti-sticky em diferentes contextos macroeconômicos. Portanto, conclui-se que os ciclos econômicos exercem influência significativa nas decisões gerenciais relacionadas à estrutura de custos das companhias abertas brasileiras.

Referências

Anderson, M. C., Banker, R. D., & Janakiraman, S. N. (2003). Are selling, general, and administrative costs “sticky”?. Journal of accounting research, 41(1), 47–63. https://doi.org/10.1111/1475-679X.00095 DOI: https://doi.org/10.1111/1475-679X.00095

Baltagi, B. H. (Ed.). (2015). The Oxford handbook of panel data. Oxford Handbooks. DOI: https://doi.org/10.1093/oxfordhb/9780199940042.001.0001

Balakrishnan, R., Petersen, M. J., & Soderstrom, N. S. (2004). Does capacity utilization affect the “stickiness” of cost?. Journal of Accounting, Auditing & Finance, 19(3), 283–300. https://doi.org/10.1177/0148558X0401900303 DOI: https://doi.org/10.1177/0148558X0401900303

Banker, R. D., Byzalov, D., Ciftci, M., & Mashruwala, R. (2014). The moderating effect of prior sales changes on asymmetric cost behavior. Journal of Management Accounting Research, 26(2), 221–242. https://doi.org/10.2308/jmar-50726 DOI: https://doi.org/10.2308/jmar-50726

Bubeck, S. K., & Hein, N. (2024). CEO duality and asymmetric behavior of operating costs. Contabilidad y Negocios, 19(37), 78–97. https://doi.org/10.18800/contabilidad.202401.004 DOI: https://doi.org/10.18800/contabilidad.202401.004

Burns, A. F., & Mitchell, W. C. (1946). The basic measures of cyclical behavior. In Measuring Business Cycles (pp. 115-202). NBER.

Chen, C. X., Lu, H., & Sougiannis, T. (2012). The agency problem, corporate governance, and the asymmetrical behavior of selling, general, and administrative costs. Contemporary Accounting Research, 29(1), 252–282. https://doi.org/10.1111/j.1911-3846.2011.01094.x DOI: https://doi.org/10.1111/j.1911-3846.2011.01094.x

Degenhart, L., Lunardi, M. A., da Silva Zonatto, V. C., & Dal Magro, C. B. (2021). Effect of Financial Restriction on Sticky Costs: Empirical Evidence from Brazil. Revista de Negócios, 26(1), 6–21. https://doi.org/10.7867/1980-4431.2021v26n1p6-21

Dierynck, B., Landsman, W. R., & Renders, A. (2012). Do managerial incentives drive cost behavior? Evidence about the role of the zero earnings benchmark for labor cost behavior in private Belgian firms. The Accounting Review, 87(4), 1219–1246. https://doi.org/10.2308/accr-50153 DOI: https://doi.org/10.2308/accr-50153

Fávero, L. P., & Belfiore, P. (2017). Manual de análise de dados: estatística e modelagem multivariada com Excel®, SPSS® e Stata®. Elsevier.

Fortunato, G., Funchal, B., & Motta, A. P. D. (2012). Impacto dos investimentos no desempenho das empresas brasileiras. Revista de Administração Mackenzie, 13, 75–98. https://doi.org/10.1590/S1678-69712012000400004 DOI: https://doi.org/10.1590/S1678-69712012000400004

Gujarati, D. N., & Porter, D. C. (2011). Econometria básica. (5. ed.). Amgh Editora.

Google Acadêmico (2024). Citações da obra “Business cycles” de Schumpeter (1939). https://scholar.google.com.br/scholar?hl=pt-BR&as_sdt=0%2C5&q=Schumpeter+%281939%29&btnG=

Hair, J. F., Black, W. C., Babin, B. J., Anderson, R. E., & Tatham, R. L. (2009). Análise multivariada de dados. (6. ed.). Bookman.

Ibrahim, A. E. A. (2015). Economic growth and cost stickiness: evidence from Egypt. Journal of Financial Reporting and Accounting. https://doi.org/10.1108/JFRA-06-2014-0052 DOI: https://doi.org/10.1108/JFRA-06-2014-0052

Ibrahim, A. E. A., Ali, H. M. H. O., & Aboelkheir, H. N. E. R. (2022). Cost stickiness: a systematic literature review of 27 years of research and a future research agenda. Journal of International Accounting, Auditing and Taxation, 46, 1–45. https://doi.org/10.1016/j.intaccaudtax.2021.100439 DOI: https://doi.org/10.1016/j.intaccaudtax.2021.100439

Ipeadata. (2024). Produto interno bruto (PIB) real. http://www.ipeadata.gov.br/exibeserie.aspx?serid=38414

Lande, E. (2000). Macro‐accounting and Micro‐accounting Relationships in France. Financial Accountability & Management, 16(2), 151–165. https://doi.org/10.1111/1468-0408.00102 DOI: https://doi.org/10.1111/1468-0408.00102

Malik, M. (2012). A review and synthesis of 'cost stickiness' literature. Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=2276760 DOI: https://doi.org/10.2139/ssrn.2276760

Medeiros, O. R. D., Costa, P. D. S., & Silva, C. A. T. (2005). Testes empíricos sobre o comportamento assimétrico dos custos nas empresas brasileiras. Revista Contabilidade & Finanças, 16(38), 47–56. https://doi.org/10.1590/S1519-70772005000200005 DOI: https://doi.org/10.1590/S1519-70772005000200005

Pamplona, E., Leite, M., & Costa da Silva Zonatto, V. (2018). Fatores associados ao comportamento dos custos em períodos de prosperidade e crise econômica em empresas dos países que compõem o PIIGS. Estudios Gerenciales, 34(148), 305–319. https://doi.org/10.18046/j.estger.2018.148.2603 DOI: https://doi.org/10.18046/j.estger.2018.148.2603

Paulo, E., & Mota, R. H. G. (2019). Ciclos econômicos e estratégias de gerenciamento de resultados contábeis: um estudo nas companhias abertas brasileiras. Revista Contabilidade & Finanças, 30, 216–233. https://doi.org/10.1590/1808-057x201806870 DOI: https://doi.org/10.1590/1808-057x201806870

Reis, L. S., & Borgert, A. (2018). Análise das pesquisas em comportamento dos custos. Custos e Agronegócio, 14(1), 184–210. http://www.custoseagronegocioonline.com.br/numero1v14/OK%209%20comportamento.pdf

Richartz, F., & Borgert, A. (2021). Fatores explicativos para o comportamento assimétrico dos custos das empresas listadas na B3. Revista Universo Contábil, 16(3). https://doi.org/10.4270/ruc2020313 DOI: https://doi.org/10.4270/ruc2020313

Schumpeter, J. A. (1939). Business cycles. New York: McGraw-Hill.

Weiss, D. (2010). Cost behavior and analysts’ earnings forecasts. The Accounting Review, 85(4), 1441–1471. https://doi.org/10.2308/accr.2010.85.4.1441 DOI: https://doi.org/10.2308/accr.2010.85.4.1441

Zonatto, V. C. D. S., Magro, C. B. D., Sant'Ana, C. F., & Padilha, D. F. (2018). Effects of economic growth in the behavior of sticky costs of companies belonging to BRICS countries. Contaduría y Administración, 63(4), 1–25. https://doi.org/10.22201/fca.24488410e.2018.1110 DOI: https://doi.org/10.22201/fca.24488410e.2018.1110

Publicado

2025-07-14

Como Citar

Bubeck, S. K., & Silva, A. da. (2025). Sticky Costs e Anti-Sticky Costs: uma análise pela perspectiva macro accounting de ciclos econômicos. Revista Catarinense Da Ciência Contábil, 24, e3607. https://doi.org/10.16930/2237-766220253607

Edição

Seção

Artigos